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Os sindicatos franceses, que neste sábado (11) convocaram o quarto dia de grandes manifestações contra a reforma da previdência do governo de Emmanuel Macron, ameaçam paralisar o país em 7 de março se o projeto não for anulado.
Líderes dos oito principais sindicatos franceses confirmaram que organizarão novamente greves e passeatas pelas ruas do país para impedir a reforma. "É uma forma de advertência. Pedimos ao governo, ao presidente da República e aos parlamentares que rejeitem este texto diante desta importante mobilização", ressaltou o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho, a segunda maior confederação sindical do país, Philippe Martinez. No comunicado, a confederação ressalta que "se o governo e os parlamentares ignorarem o protesto popular, trabalhadores, jovens e aposentados serão chamados para reforçar o movimento, paralisando todos os setores na França em 7 de março".
A reforma de Macron, que começou a tramitar no plenário da Assembleia Nacional nesta semana, prevê inicialmente um atraso na idade mínima de aposentadoria dos atuais 62 para 64 anos. Também está prevista uma antecipação do aumento já programado do período de contribuição necessário para ter a aposentadoria integral, de 42 para 43 anos.