O bilionário George Soros anunciou nesta sexta-feira (24) que investirá US$ 1 bilhão em uma nova rede de ensino superior global para lutar contra as mudanças climáticas e "os ditadores atuais e em gestação". Batizada de Open Society University Network (OSUN), ela pretende "promover uma educação rigorosa e alcançar instituições que precisam de parceiros internacionais, bem como populações negligenciadas, como refugiados, pessoas encarceradas, ciganos e outros grupos deslocados", segundo comunicado da Open Society Foundations, fundada por Soros.
O filantropo bilionário falou sobre o projeto, o qual disse ser o mais importante de sua vida, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. "A sobrevivência das sociedades abertas está ameaçada e enfrentamos uma crise ainda maior: as mudanças climáticas. Elas ameaçam a sobrevivência de nossa civilização", disse.
Falando sobre a América Latina, Soros criticou o presidente Jair Bolsonaro por "não conseguir impedir a destruição das florestas tropicais no Brasil, a fim de abri-las para a pecuária", e mencionou a crise humanitária pela qual passa a Venezuela, com a emigração de quase 5 milhões de venezuelanos. Os presidentes da China, Xi Jinping, dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também foram alvos de críticas de George Soros.