A Justiça do Chile condenou nesta sexta-feira (3) a longas penas de prisão 59 antigos responsáveis e agentes da DINA, o braço repressivo da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), por sua participação no sequestro e tortura de 16 militantes de esquerda em 1974.
A decisão foi tornada pública pela Segunda Sala Penal da Suprema Corte e revoga uma sentença anterior proferida pelo Tribunal de Apelações, que absolveu parte dos acusados e emitiu outras condenações com penas mais baixas e sem prisões.
Neste contexto, e como autores dos crimes de sequestro qualificado, foram condenados a 15 anos e um dia de prisão os ex-chefes e oficiais da Direção Nacional de Inteligência (DINA) César Manríquez Bravo, Pedro Octavio Espinoza Bravo, Miguel Krasnoff e Raúl Iturriaga Neumann.
Pelo mesmo delito, o tribunal condenou a dez anos e um dia de prisão mais de 50 ex-agentes anteriormente absolvidos pelo Tribunal de Apelações de Santiago, apesar de terem sido condenados em primeira instância como autores e cúmplices da chamada Operação Colombo.
A Operação Colombo foi uma grande operação de inteligência desenvolvida pela DINA que tentou simular a morte de 119 pessoas em supostos combates internos entre militantes de organizações de esquerda como o Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR).