O Supremo Tribunal do Peru ratificou, na sexta-feira, a decisão de impor 36 meses de prisão preventiva ao ex-presidente Pedro Castillo enquanto este estava a ser investigado num caso de corrupção, depois de rejeitar um recurso interposto pela sua defesa. “(A) Câmara Criminal Permanente do Supremo Tribunal, presidida por César San Martín Castro, ratifica 36 meses de prisão preventiva ditada contra o ex-presidente Pedro Castillo Terrones, investigado pelo alegado crime de organização criminosa e outros”, anunciou a corte em sua conta no Twitter.
A decisão é uma resposta a um recurso interposto por Castillo, que foi avaliado esta quarta-feira em audiência. Na ocasião, sua defesa reiterou que não há risco de fuga, uma vez que ele está na prisão, e que os argumentos de condenação apresentados pela Procuradoria não são legais. O ex-presidente disse que as autoridades judiciais peruanas o mantêm sob custódia enquanto está a ser investigado por corrupção “para cumprir uma ordem”, embora não tenha esclarecido quem emitiu a ordem.
Para além da ordem de prisão preventiva de 36 meses, Castillo está também detido durante 18 meses por alegadamente ter cometido o crime de rebelião durante a sua tentativa falhada de autogolpe em 7 de dezembro. No caso da alegada corrupção, Castillo é investigado por alegadamente dirigir uma organização criminosa dedicada a obter dinheiro em troca de licitações fraudulentas para obras públicas durante o seu governo.