Sayfullo Saipov não foi condenado à pena de morte por atentado em 2017 porque não houve unanimidade na decisão do júri
Sayfullo Saipov não foi condenado à pena de morte por atentado em 2017 porque não houve unanimidade na decisão do júri| Foto: Reprodução/CBS

O terrorista uzbeque Sayfullo Saipov cumprirá prisão perpétua pela morte de oito pessoas (cinco delas argentinas) em 2017 em Nova York e por sua colaboração com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), depois que o júri não conseguiu condená-lo à morte por unanimidade, segundo anunciou a procuradoria em comunicado.

Saipov foi considerado culpado no final de janeiro pela morte de oito pessoas que atropelou com um caminhão em uma ciclovia de Manhattan em 31 de outubro de 2017. O ataque também deixou vários feridos em estado grave (incluindo um menino de 14 anos) que sofreram amputações de membros ou danos cerebrais.

Após ser considerado culpado no final de janeiro, o júri teve que decidir se aplicaria a pena de morte, conforme solicitado pelo Departamento de Justiça na época de seu indiciamento, durante o governo de Donald Trump (2017-2021). Nove das 28 acusações poderiam acarretar a pena máxima.

No entanto, a pena capital deve ser pronunciada por unanimidade; caso contrário, o réu cumpre apenas prisão perpétua. A procuradoria enfatizou em seu comunicado que Saipov passará o resto de sua vida na prisão (atualmente no presídio ADX no Colorado) “sem possibilidade de sair sob fiança”.

Nenhuma execução foi realizada em Nova York desde 1963 e, embora o estado tenha declarado uma moratória sobre a pena de morte, era possível que neste caso fosse declarada por se tratar de um julgamento realizado por um tribunal federal.