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General Abdel-Fattah al-Burhan, chefe do governo militar de transição do Sudão| Foto: Divulgação/Kremlin/Wikimedia

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta semana que vai tirar o Sudão da lista de países apoiadores do terrorismo, permitindo que o país africano volte a ter acesso a empréstimos internacionais. O Sudão se comprometeu a pagar US$ 335 milhões em compensação a vítimas norte-americanas e suas famílias por ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e pelo atentado ao USS Cole, destroier da Marinha americana, em 2000. Na época, o Sudão acobertava atividades terroristas de grupos ligados à al-Qaeda.

Analistas de política internacional apontam que a Casa Branca tem o interesse de aproximar o governo sudanês, comandado interinamente pelo general Abdel-Fattah al-Burhan, de Israel para que eles estabeleçam relações formais, assim como já ocorreu com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein. Se um acordo de fato acontecer, será mais uma vitória da política internacional de Trump, já que o Sudão tem um peso simbólico importante, pois foi em sua capital que a Liga Árabe assinou uma resolução em 1967, após a guerra árabe-israelense, na qual Egito, Sudão, Síria, Jordânia, Líbano, Iraque, Argélia e Kuwait concordaram em não reconhecer Israel, não negociar com o país e manter a beligerância em relação à nação judaica.