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O porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, informou nesta sexta-feira (11) que autoridades da Ucrânia denunciaram novo ataque da Rússia contra um centro de saúde, desta vez, um hospital psiquiátrico que estava ocupado por pacientes e funcionários. "Se isso estiver correto, seria outro ataque contra a saúde na Ucrânia, segundo estas autoridades. Neste local específico, havia 300 pessoas, das quais cerca de 50 não podem se locomover", disse, por meio de chamada por vídeo feita a partir de Lviv, no oeste ucraniano.
Ele ainda destacou que locais como o que sofreu esse novo ataque, de acordo com a versão da Ucrânia, são aqueles em que as pessoas se sentem seguras em uma guerra. "Condenamos todos os ataques contra instalações, funcionários ou pacientes, o que é uma violação flagrante do direito humanitário internacional, pois priva as pessoas de atendimento médico e coloca em perigo a vida de pacientes e funcionários", completou.
A OMS confirmou, até o momento, ataques contra 26 instalações de saúde na Ucrânia, após duas semanas de guerra. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos classificou como "atos chocantes", que, se ficar demonstrado que acontecem de forma indiscriminada, poderiam ser considerados crimes de guerra.
O ataque ao hospital psiquiátrico acontece poucos dias depois do bombardeio a uma unidade de saúde na cidade Mariupol, que mantinha atendimento pediátrico e uma maternidade. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou na quinta (10), sem apresentar evidência, que o hospital estava sendo usado como base de combatentes radicais, mas o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos confirmou que se tratava de uma unidade de saúde e que estava operando.