A Ucrânia pediu ao papa Francisco que discuta com o presidente russo Vladimir Putin sobre a autorização de corredores humanitários, conforme declarou a vice-primeira ministra ucraniana Iryna Vereshchuk.
O objetivo é estabelecer formas de ajudar civis atingidos pela guerra. “Espero que a conversa entre eles aconteça”, declarou Iryna na televisão ucraniana.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi di Maio, disse, nesta quarta, que o governo do país e o papa Francisco estão "trabalhando juntos para construir corredores humanitários" para evitar mortes de civis na guerra da Ucrânia.
"Os esforços de mediação do papa Francisco na Ucrânia (...) abrem um importante raio de esperança para o restabelecimento da paz. Estamos os encorajando e também trabalhando juntos para construir corredores humanitários", reforçou Di Maio, após encontro com monsenhor Paul Richard Gallagher, secretário do Vaticano para a Relação com os Estados.
Ausente nesta tarde da missa de Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma para os católicos, devido a dores no joelho, Francisco escreveu uma homilia pedindo a paz na Ucrânia.
"Neste dia de oração e jejum pela Ucrânia, imploramos a Deus por aquela paz que os homens sozinhos não podem construir", disse o pontífice em sua homilia, lida na missa pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
Um comunicado oficial da Ucrânia declarou nesta quarta-feira que mais de 2 mil civis ucranianos morreram em sete dias de ofensiva russa, e que, entre as estruturas atingidas, estão creches e hospitais. Ainda não foi feito o cálculo de civis feridos nos ataques.