Um centro de pesquisa nuclear que produz radioisótopos para aplicações médicas e industriais na Ucrânia sofreu bombardeios nesta segunda-feira (7), informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O incidente não causou nenhum aumento nos níveis de radiação no local, segundo a Ucrânia.
"Já tivemos vários episódios comprometendo a segurança nas instalações nucleares da Ucrânia", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi. Dos 15 reatores ucranianos, oito ainda estão em funcionamento no país, incluindo dois em Zaporizhzhia.
O bombardeiro desta segunda não é primeiro. Em 27 de fevereiro, a Ucrânia disse que mísseis atingiram uma instalação de descarte de resíduos radioativos na capital Kiev, embora não tenha ocorrido liberação radioativa. O episódio aconteceu um dia após um transformador elétrico em uma instalação de descarte semelhante em Kharkiv foi danificado. Em 4 de março, a Ucrânia informou que a Usina Nuclear de Zaporizhzhya (NPP) foi atingida por um projétil, que provocou um pequeno incêndio.
"Devemos agir para ajudar a evitar um acidente nuclear na Ucrânia que pode ter graves consequências para a saúde pública e o meio ambiente. Não podemos esperar", disse Grossi, que também se colocou à disposição para ajudar a proteger as instalações nucleares da Ucrânia. "Estou disposto a viajar para Chernobyl, mas pode ser em qualquer lugar, desde que facilite essa ação necessária e urgente”, disse ele em uma reunião do Conselho da AIEA.
Com informações da AIEA.