A União Europeia (UE) pediu que o regime cubano liberte os manifestantes presos arbitrariamente no país, que escute seus cidadãos e que se empenhe em um diálogo construtivo sobre as demandas deles. Em uma nota divulgada nesta quinta-feira (29), o bloco afirma estar "muito preocupado" com a repressão dos protestos na ilha e com as prisões de manifestantes e jornalistas, especialmente após o 11 de Julho.
"Apoiamos de forma inequívoca o direito de todos os cidadãos cubanos de expressar suas opiniões de maneira pacífica, de fazer demandas por mudanças, bem como de se reunir para dar voz às suas opiniões, inclusive na Internet", diz uma nota assinada pela porta-voz de Relações Exteriores da UE, Nabila Massrali.
O bloco vê com bons olhos o fato de o governo ter afrouxado as restrições para a que viajantes possam levar medicamentos à ilha sem ser taxados, mas disse que esse é apenas o primeiro passo. "Abordar as queixas do povo cubano requer reformas econômicas internas", afirma a UE, defendendo também a flexibilização das restrições externas, incluindo remessas e viagens.