A União Europeia terá que aplicar medidas para acabar com sua dependência energética da Rússia em um prazo de cinco anos, afirmou nesta quinta-feira (10) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no primeiro dia da cúpula de chefes de Estado e de governo da União Europeia em Versalhes, na França. A UE importa da Rússia 40% do gás que consome, 27% do petróleo e 46% do carvão, o que em 2021 se traduziu em 148 bilhões de euros em receita para Moscou.
Ela apresentou os detalhes de um plano para acabar, especialmente, com a dependência do gás natural. "Dependemos muito dos combustíveis fósseis russos, especialmente do gás. Devemos diversificar os fornecedores, principalmente migrando para o GNL (gás natural liquefeito). E devemos aumentar nossa parcela de renováveis", disse. A proposta da Comissão para o fim gradual da dependência energética da Rússia até 2027 será apresentada em meados de maio.
O plano tem como foco a diversificação de fornecedores e na utilização de fontes de energia, para que até ao final de 2022, possam ser dispensados 100 bilhões de metros cúbicos de gás russo (100 bcm), dos 155 bcm importados em 2021.