Com o sinal verde dado à vacina da Pfizer-BioNTech, os EUA estão prontos para começar na segunda-feira (14) seu plano de imunizar 20 milhões de habitantes até 31 de dezembro. Quatro em cada dez americanos, entretanto, ainda dizem que não pretendem se vacinar, segundo pesquisa do instituto Pew Research feita em novembro. Deste grupo, dois admitem tomar sua dose depois que outros o façam. A aceitação tem aumentado, já que em outubro metade dizia que não seria vacinada.
Os primeiros a receber a vacina serão profissionais de saúde e moradores e trabalhadores de casas de repouso e clínicas médicas. Há cerca de 24 milhões de pessoas que se encaixam nestas categorias no país.
O uso emergencial do imunizante da Pfizer foi autorizado na noite de sexta-feira (11) pela agência americana que regula medicamentos e alimentos, a Food and Drug Administration (FDA). Cerca de 2,9 milhões de doses já serão distribuídas nesta semana, e parte deverá estar disponível para os Estados neste domingo (13).
Com 328 milhões de habitantes, os EUA assinaram em maio um contrato para garantir 300 milhões de doses desenvolvidas pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford - cujas pesquisas sofreram atraso. Em julho, o país assegurou uma compra de US$ 2 bilhões para obter 100 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech - que exige a aplicação dupla para atingir a imunização de 95%. Em agosto, foi feita pelos americanos mais uma compra de 100 milhões de doses da Moderna, suplementada na sexta-feira por mais um compromisso de igual volume para 2021.
Com isso, os EUA garantiram acesso a 600 milhões de doses. Só as vacinas da Moderna e da Pfizer estão próximas do uso. Além da Pfizer, que teve o imunizante aprovado, a Moderna foi a única farmacêutica que formalizou pedido de registro junto à FDA. A reunião do comitê consultivo da agência americana para avaliar a vacina da Moderna acontecerá no dia 17.