Um novo apagão massivo afeta pelo menos 18 dos 23 estados da Venezuela e a capital Caracas desde o final da tarde desta segunda-feira (22), segundo a imprensa local e relatos nas mídias sociais. Esse seria o quarto episódio de impacto nacional desde o começo do ano. Em março, um apagão paralisou o país por mais de cinco dias e interrompeu o fornecimento de água.
O metrô de Caracas interrompeu os serviços de algumas linhas e muitas pessoas precisaram caminhar até os seus destinos. O presidente interino do país, Juan Guaidó, convocou a população para um protesto na terça-feira. "Tentaram esconder a tragédia com racionamentos em todo o país, mas o fracasso é evidente: destruíram o sistema elétrico e não têm respostas", disse Guaidó pelo Twitter.
O regime do ditador Nicolás Maduro atribuiu a falha a um "ataque eletromagnético". Um comunicado divulgado nas redes sociais oficiais do regime afirma que "os primeiros indícios recebidos da investigação no Bajo Caroní [rio onde se localizam centrais hidrelétricas] apontam para a existência de um ataque de caráter eletromagnético que buscou afetar o sistema de geração hidrelétrica de Guayana, principal provedor deste serviço no país".