O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.| Foto: JHONN ZERPA / AFP
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O governo do ditador Nicolás Maduro considerou “inadmissível” o pedido do Serviço Europeu para a Ação Externa, da União Europeia (UE), para adiar as eleições legislativas da Venezuela, previstas para 6 de dezembro. Convidada a acompanhar o pleito, a UE afirmou que isso só seria possível se houvesse um adiamento do processo. O regime chavista disse que a resposta da EU “não corresponde ao espírito do convite feito, nem ao bom ambiente que se desenvolveu nos últimos meses na relação com o governo da Venezuela”.

O governo do país também reforçou que não vai admitir interferências ou tutelas externas e pediu à UE que fique restrita a cumprir “um positivo e respeitoso papel de facilitação”. As afirmações foram feitas pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.

Enviados diplomáticos da UE passaram cinco dias em Caracas recentemente, onde se reuniram tanto com representante de Maduro quanto com líderes da oposição, incluindo Juan Guaidó, que é reconhecido como verdadeiro presidente do país por 50 nações. Após essa visita, o bloco disse, em nota, que “sem um adiamento e uma melhora das condições democráticas e eleitorais, a UE não pode contemplar o envio de uma missão eleitoral”. A maioria da oposição se referiu à eleição como uma "farsa". O ex-candidato à presidência Henrique Capriles, inclusive, que havia decidido participar do pleito voltou atrás e pediu, na quarta-feira (30), o adiamento do processo por considerar que não há “condições” para realizá-lo.

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