A violência voltou às ruas de várias cidades de Israel no início da noite desta quinta-feira (13), com distúrbios e ataques perpetrados por grupos extremistas árabes e judeus. Um soldado israelense de 19 anos ficou gravemente ferido depois de ter sido atacado por manifestantes em Jaffa. Em Lod, a imprensa israelense informou que um judeu foi esfaqueado perto de uma mesquita e que um paramédico foi baleado.
Circulam vídeos nas redes sociais de grupos de judeus intimidando e atacando jornalistas. Também na internet, esses grupos extremistas estão convocando várias marchas violentas. "Qualquer árabe que você ver - você esfaqueia", dizia um convite para um protesto no sul de Tel Aviv e Jaffa, segundo o jornal Haaretz. Lehava, uma organização judaica de extrema direita, anunciou que distribuirá spray de pimenta e gás lacrimogêneo a ativistas a partir da próxima semana, informou o Jerusalém Post.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou Lod, epicentro dos distúrbios entre árabes e judeus, nesta quinta-feira. Na ocasião, ele disse que não há ameaça maior do que distúrbios internos pelo país. Os tumultos são motivados, em parte, pelos recentes conflitos entre árabes e a polícia israelense na Esplanada das Mesquitas e se intensificaram com o confronto entre Israel e Hamas.