A equipe de futebol americano Washington Redskins vai mudar de nome e abandonar a logo que mostra a cabeça de um índio, considerados por ativistas como ofensivos à comunidade indígena dos Estados Unidos. A decisão da diretoria do time, anunciada nesta segunda-feira (13), veio depois que grandes patrocinadores, como a FedEx, Nike e Pepsi, pressionaram publicamente pela mudança, motivados pela recente pressão popular sobre temas relacionados ao racismo no país. Um novo nome para a equipe de 87 anos será escolhido, mas ainda não está claro quando isso acontecerá.
No início deste mês, o Washington Redskins anunciou que estava fazendo uma avaliação sobre a polêmica, em uma mudança radical da postura do dono do time, Daniel Snyder, que havia dito anos antes que nunca mudaria o nome da equipe. O termo Redskins (peles vermelhas) é considerado ofensivo por alguns ativistas porque na época da escravidão nos EUA, mercenários eram pagos para matar os indígenas, chamados de "peles vermelhas". Apesar disso, uma pesquisa conduzida em 2019 indicava que a maioria dos nativos americanos não se sentiam ofendidos pelo termo Redskins, seja por considerar apenas um nome, por acreditar que ele honra a herança de seu povo ou por pensar que as pessoas são muito sensíveis sobre o assunto.