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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na manhã deste domingo (13) que a cidade sitiada de Mariupol, no sudeste do país receberá o primeiro carregamento de ajuda com suprimentos essenciais. O local — com temperaturas próxima de 7 graus negativos — sofre com falta de aquecimento, água, alimentos e remédios. Segundo a prefeitura da cidade, 2.187 moradores já foram mortos desde o início do conflito e mais de 100 bombas aéreas foram lançadas na cidade.
"Hoje, a tarefa principal é Mariupol", disse Zelensky em uma mensagem de vídeo reproduzida por agências ucranianas. Ele também afirmou que está fazendo “todo o possível para superar a resistência dos ocupantes" russos, que cercam a cidade portuária de meio milhão de pessoas e proíbem a entrada de suprimentos no local.
"Bloqueiam até (o trabalho) dos padres da Igreja Ortodoxa que acompanham esse carregamento com comida, água e medicamentos", afirmou Zelensky, ao citar que enviou 100 toneladas dos itens mais necessários para os cidadãos. “Entendemos que é um momento muito difícil para os 48 milhões de ucranianos, mas vamos vencer".
Mariupol é uma estratégica cidade portuária localizada às margens do mar interior de Azov e entre a península anexada da Crimeia e o leste separatista de Donbas. Portanto, sua captura é objetivo prioritário para a Rússia.
Ainda em seu depoimento neste domingo, Zelensky afirmou que aproximadamente 125 mil pessoas já foram evacuadas de áreas atingidas por ataques russos por meio dos corredores humanitários abertos pelo governo de Kiev.