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Britânica morre envenenada com substância usada contra ex-espião

Entrada principal do hospital do distrito de Salsbury, Sul da Inglaterra, onde os dois foram internados na semana passada | GEOFF CADDICKAFP
Entrada principal do hospital do distrito de Salsbury, Sul da Inglaterra, onde os dois foram internados na semana passada (Foto: GEOFF CADDICKAFP)

Uma mulher britânica de 44 anos que foi envenenada com o mesmo agente neurotóxico usado contra o ex-espião russo Serguei Skripal morreu neste domingo (8), confirmou o governo do Reino Unido.

Dawn Sturgess e um homem de 45 anos foram encontrados desacordados no dia 30 em Amesbury, cidade inglesa que fica a 10 km de Salisbury, local onde Skripal e sua filha Iulia foram envenenados em março —os dois russos conseguiram se recuperar e foram liberados do hospital.

O homem achado ao lado de Sturgess, identificado como Charlie Rowley, segue internado em estado grave no mesmo hospital que tratou os Skripals. Não há detalhes ainda de qual foi exatamente a causa da morte da mulher.

Neil Basu, que comanda a unidade da polícia responsável pelo combate ao terrorismo, disse que a morte de Sturgess foi "uma notícia chocante e trágica".

"Dawn deixa para trás sua família, incluindo três filhos, e nossos pensamentos e orações estão com eles neste momento extremamente difícil", disse ele.

Já a primeira-ministra Theresa May disse estar horrorizada com a morte. O governo britânico culpou a Rússia em março pelo envenenamento do ex-espião, o que foi negado por Moscou.

Tensões entre Rússia e Reino Unido

O caso levou a uma crise diplomática entre os países, que culminou com Londres e outros países do Ocidente expulsando diplomatas russos, na maior ação do tipo desde o fim da Guerra Fria.

O governo de Vladimir Putin revidou expulsando diplomatas do Reino Unido e de seus aliados. Após a divulgação do novo envenenamento, May voltou a criticar Moscou, mas até o momento nenhum dos países voltou a tomar ações diplomáticas contra o outro lado.

Em comunicado feito neste domingo, a polícia britânica anunciou que passou a tratar o caso como uma investigação de homicídio.

Inicialmente os policiais afirmaram que a principal hipótese era de que o envenenamento tivesse ocorrido de forma acidental.

As autoridades britânicas disseram que o casal entrou em contato com um objeto contaminado com novichok, substância de origem soviética que foi usada no envenenamento de Skripal, mas não está claro como isso ocorreu.

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