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Conflito na Europa

Britânicos seriam vencidos em seis meses se enfrentassem guerra como a da Ucrânia, diz ministro

Soldados britânicos em treinamento no Quênia, em 2022 (Foto: EFE/EPA/DANIEL IRUNGU)

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O ministro de Veteranos do Ministério da Defesa do Reino Unido, Alistair Carns, disse nesta quarta-feira (4) que as forças armadas do país seriam vencidas no período de “seis meses a um ano” caso os britânicos se envolvessem numa guerra de grande escala, como a travada entre Ucrânia e Rússia desde fevereiro de 2022.

Segundo informações da emissora Sky News, Carns fez o alerta em um discurso em uma conferência sobre reservas militares no Royal United Services Institute, em Londres.

O ministro afirmou que a média de baixas sofridas pelas forças russas na Ucrânia (mortos e feridos) tem sido de cerca de 1,5 mil soldados por dia, mas que, com a capacidade de mobilização de reservistas da Rússia, o Kremlin se prepara para enviar “seu terceiro exército” ao país vizinho.

“Em uma guerra de grande escala, não uma intervenção limitada, mas uma semelhante à da Ucrânia, nosso exército, por exemplo, nas taxas atuais de baixas [russas], seria esgotado, como parte de uma coalizão multinacional mais ampla, em seis meses a um ano”, disse Carns.

Em novembro, em resposta a um pedido de informações do deputado Rupert Lowe, do partido de direita nacionalista Reforma Reino Unido, o Ministério da Defesa informou que o número de tropas prontas para combate nas forças armadas do país caiu de 74.966 em 2020 para 70.290 em 2024.

“Isso não significa que precisamos de um exército maior, mas que precisamos gerar profundidade e massa rapidamente no caso de uma crise”, argumentou o ministro, que alertou para a necessidade do Reino Unido se preparar para mobilização de reservistas com mais agilidade.

“As reservas são críticas, absolutamente centrais, para esse processo. Sem elas, não podemos gerar massa, não podemos cumprir toda a gama de tarefas de defesa”, afirmou Carns.

A constatação de defasagem militar no Reino Unido ocorre num momento em que se especula sobre a participação do país na guerra da Ucrânia.

Em novembro, o embaixador russo em Londres, Andrei Kelin, disse numa entrevista à Sky News que Moscou considera que o Reino Unido está “diretamente envolvido” no conflito no leste europeu, depois que autorizou que a Ucrânia utilizasse mísseis Storm Shadow fornecidos pelos britânicos ​para atingir alvos dentro da Rússia.

Nesta semana, um alto funcionário da Otan disse à Rádio Free Europe que a França e o Reino Unido estão estudando opções para ajudar a Ucrânia em possíveis negociações de paz com a Rússia, o que incluiria o envio de tropas para monitorar um cessar-fogo ao longo da linha de contato.

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