Londres Depois de dez anos e 56 dias como primeiro-ministro britânico, Tony Blair, 54 anos, foi substituído por seu ministro das Finanças, Gordon Brown, 56 anos, numa transição tranqüila e combinada entre os dois dirigentes do Partido Trabalhista.
Não há no Reino Unido cerimônia de posse. Brown tornou-se chefe de governo ao ser recebido por 55 minutos no palácio de Buckingham pela rainha Elizabeth II, que o encarregou de formar o novo gabinete. Ele será o 11.º premier empossado por ela desde 1952.
O primeiro sinal de que Brown subira na hierarquia britânica se deu com a troca do automóvel oficial, enquanto ele despachava com a rainha a cerimônia é chamada "beija-mão", embora a expressão não seja tomada ao pé da letra. "Acabo de aceitar o convite de Sua Majestade, a Rainha, para formar um governo. Este será um novo governo, com novas prioridades e é um grande privilégio ter a oportunidade de servir ao meu país", disse em uma declaração logo após o encontro com a rainha.
Na despedida, Blair fez um curto discurso em que disse "verdadeiramente lamentar os perigos a que os militares britânicos estão expostos no Iraque e no Afeganistão". Afirmou ainda que "qualquer que seja a opinião que se tenha de minhas decisões, há uma única opinião a respeito deles [dos militares]: são os mais valentes e os melhores". E concluiu: "Desejo o bem de todos vocês, amigos ou adversários. E é isso. Fim."