Blair é nomeado para mediar paz no Oriente Médio
Nova Iorque Tony Blair foi nomeado ontem enviado para o Oriente Médio pelo chamado Quarteto de Madri formado por Estados Unidos, Rússia, União Européia e a Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito horas após ele deixar o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha, depois de dez anos no poder.
Blair disse que é possível uma "solução" para os problemas no Oriente Médio, mas isso exigirá "muita energia e trabalho". Ele também afirmou aos deputados britânicos que uma "solução com dois Estados" um palestino e outro israelense era uma "prioridade absoluta".
A nomeação de Blair já era praticamente certa na terça-feira. Mas o anúncio, na sede das ONU em Nova Iorque, só foi feito ontem, em um dia de violência na Faixa de Gaza que deixou 13 palestinos mortos.
Em um comunicado, o Quarteto disse que Blair mobilizará ajuda para os palestinos, para tentar construir suas instituições de governo e promover o desenvolvimento econômico.
Blair substitui o ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn, que renunciou em abril depois de um ano de frustração no processo de paz.
Londres Depois de dez anos e 56 dias como primeiro-ministro britânico, Tony Blair, 54 anos, foi substituído por seu ministro das Finanças, Gordon Brown, 56 anos, numa transição tranqüila e combinada entre os dois dirigentes do Partido Trabalhista.
Não há no Reino Unido cerimônia de posse. Brown tornou-se chefe de governo ao ser recebido por 55 minutos no palácio de Buckingham pela rainha Elizabeth II, que o encarregou de formar o novo gabinete. Ele será o 11.º premier empossado por ela desde 1952.
O primeiro sinal de que Brown subira na hierarquia britânica se deu com a troca do automóvel oficial, enquanto ele despachava com a rainha a cerimônia é chamada "beija-mão", embora a expressão não seja tomada ao pé da letra. "Acabo de aceitar o convite de Sua Majestade, a Rainha, para formar um governo. Este será um novo governo, com novas prioridades e é um grande privilégio ter a oportunidade de servir ao meu país", disse em uma declaração logo após o encontro com a rainha.
Na despedida, Blair fez um curto discurso em que disse "verdadeiramente lamentar os perigos a que os militares britânicos estão expostos no Iraque e no Afeganistão". Afirmou ainda que "qualquer que seja a opinião que se tenha de minhas decisões, há uma única opinião a respeito deles [dos militares]: são os mais valentes e os melhores". E concluiu: "Desejo o bem de todos vocês, amigos ou adversários. E é isso. Fim."