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A Grã-Bretanha deve continuar comprometida com a guerra no Afeganistão para ajudar a proteger o mundo dos ataques da Al Qaeda, disse o primeiro-ministro britânico Gordon Brown neste domingo, após o número de soldados britânicos mortos no conflito ter superado os 200.

Brown, que tem enfrentado críticas severas em casa sobre o papel da Grã-Bretanha no Afeganistão, disse que esta teve "um dos verões mais difíceis" desde que se uniu à invasão liderada pelos Estados Unidos para derrubar o Talebã, em 2001.

A poucos dias da eleição presidencial afegã, Brown alertou que as forças da Otan devem permanecer até o governo, a polícia e as forças armadas do país serem capazes de assumir um controle maior. O fracasso tornaria o mundo mais perigoso, destacou ele.

"É para manter a Grã-Bretanha e o resto do mundo seguros que devemos honrar nosso compromisso de preservar um Afeganistão livre e estável", declarou Brown.

Três quartos dos planos terroristas na Grã-Bretanha se originam das áreas montanhosas do Afeganistão e do Paquistão, acrescentou ele.

A violência aumentou na véspera da eleição de 20 de agosto. Um ataque suicida com carro-bomba matou sete pessoas no coração do distrito mais seguro da capital Cabul no sábado. Julho foi o mês com maiores mortes de tropas britânicas desde 2001, 21 ao todo.

O Ministério da Defesa britânico disse que um soldado do segundo batalhão do Regimento Real de Fuzileiros foi morto em uma explosão durante uma patrulha a pé perto de Sangin, ao norte da província de Helmand, no sábado. Sua morte elevou o número de soldados britânicos mortos no país para 201.

Pressão política

Brown, que está atrás nas pesquisas de opinião a menos de um ano da eleição parlamentar, tem enfrentado uma intensa pressão política por conta do envolvimento da Grã-Bretanha no Afeganistão nos últimos meses.

Seus críticos o acusam de enviar muito poucas tropas para lutar contra o Talebã e com equipamento insuficiente, como helicópteros e veículos de patrulha blindados. Brown negou as acusações de que os soldados britânicos carecem de recursos e de pessoal.

"Todo esforço que fazemos é para garantir a melhor segurança e o melhor equipamento para as tropas", disse Brown. "É por isso que temos aumentado dramaticamente a quantidade de recursos que despendemos no Afeganistão."

O aumento no número de mortes de britânicos e os relatos de falta de equipamento erodiram o apoio à guerra na Grã-Bretanha. Uma pesquisa do jornal Times no mês passado indicou que dois terços dos eleitores querem que os 9 mil soldados britânicos se retirem agora ou dentro de um ano.

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