O próximo líder da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse neste sábado que pretende visitar o Iraque em breve, mas se recusou a dar uma data para a retirada das tropas britânicas do país.
O ministro das Finanças britânico, que se prepara para substituir Tony Blair quando este deixar o posto no próximo mês, depois de uma década como premiê, também afirmou que é vital conquistar corações e mentes para que a Al Qaeda fique isolada e para aumentar a força dos muçulmanos moderados.
A popularidade de Blair despencou depois que ele enviou forças britânicas para participarem da invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos em 2003, e uma revolta dentro de seu Partido Trabalhista em setembro obrigou-o a dizer que deixaria o cargo dentro de um ano, abrindo o caminho para que Brown assuma o poder.
Brown enfrenta a difícil tarefa de se distanciar das políticas de Blair que apoiou. Apesar de declarar que a Grã-Bretanha cumprirá suas obrigações da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque, ele admite que houve erros.
Em meio aos preparativos para assumir o cargo de Blair, o ministro já visitou as tropas britânicas na cidade iraquiana de Basra. No sábado, Brown afirmou que "continuarei em contato com eles e os visitarei de novo muito em breve".
"Quero fazer minha própria avaliação da situação e escutar o que eles têm a dizer, escutar o que as tropas têm a dizer elas mesmas e então escutar o que as autoridades no Iraque têm a dizer", disse ele à Rádio BBC.
Questionado sobre uma data para a retirada britânica do Iraque, ele desconversou. "Não acho que neste estágio possa ser pré-estabelecida uma data. De uma situação em que tínhamos 44 mil soldados no Iraque, hoje temos 7.000 e vamos abaixar para 6.000 e ainda mais."
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