O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, promoveu nesta sexta-feira (3) a maior reforma ministerial de seu governo desde que assumiu, em junho de 2007, mas manteve os principais nomes de sua administração. O ministro das Finanças, Alistair Darling, e o secretário de Exterior, David Miliband, continuam em seus postos. Entre as alterações, a principal envolve Peter Mandelson que deixa o posto de comissário da União Européia (UE) para o Comércio para assumir como secretário de Negócios, Empreendimento e Reforma Regulatória da Grã-Bretanha.
"Eu gostei muito de meu tempo na Europa e de trabalhar com comércio e temas de desenvolvimento. Mas o primeiro-ministro me pediu para voltar", afirmou Mandelson. O antecessor de Mandelson no cargo, John Hutton, assumiu o posto de secretário da Defesa. A volta de Mandelson, que ocupou cargos na era Tony Blair e é visto como ligado ao ex-primeiro-ministro, é uma de várias mudanças anunciadas por Brown. Mandelson divide opiniões no Partido Trabalhista. Ele renunciou duas vezes ao governo e teve problemas de relacionamento com Brown no passado.
Em Bruxelas, a Comissão Européia confirmou a saída de Mandelson e informou que ele será substituído pela baronesa Catherine Ashton, a líder da Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha. A saída do polêmico comissário da UE para o Comércio deixa o bloco continental sem seu maior defensor do livre comércio e opositor ao protecionismo.
Entre outras mudanças, Ed Miliband, irmão de David, assume o recém-criado posto de ministro da Energia e das Mudanças Climáticas. A ex-chanceler Margaret Beckett retorna ao governo como ministra da Habitação e chefe do Departamento de Governos Locais e Comunitários. John Denham será secretário da Inovação e do Ensino Superior, enquanto Ruth Kelly deixa o Ministério dos Transportes para entrada de Geoff Hoon.
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