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O regime cubano, liderado por Miguel Díaz-Canel, enfrenta uma grave crise generalizada que coloca a população em uma situação cada vez mais difícil com falta de alimentos, remédios, energia e dinheiro
O regime cubano, liderado por Miguel Díaz-Canel, enfrenta uma grave crise generalizada que coloca a população em uma situação cada vez mais difícil com falta de alimentos, remédios, energia e dinheiro| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

O Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) produziu um relatório no mês de agosto que registrou ao menos 164 novos casos de repressão do regime contra a parcela da população de Cuba que é contrária à ditadura de Miguel Díaz-Canel.

Desse número, aproximadamente 150 denúncias foram relacionadas à brutalidade policial em manifestações, assédios, multas, ações judiciais e proibições de viagens. Além disso, 12 prisões arbitrárias foram notificadas, sendo uma delas realizada com violência.

Em comparação com os últimos levantamentos feitos pela ONG nos meses passados, houve uma redução na quantidade de registros em agosto.

O mês de junho finalizou com 291 ocorrências, enquanto julho foi marcado por um disparo dos episódios violentos contra a população da ilha, com 338 ações repressivas que chegaram ao conhecimento da OCDH.

Segundo o portal Cubanet, somente em agosto 87 cubanos denunciaram violações de direitos sociais, especialmente idosos em situação de extrema pobreza, sem acesso à mínima dignidade e recursos básicos para a saúde.

O Observatório Penitenciário (OPEN – Cuba), vinculado à ONG, também detalhou algumas medidas violentas do regime como a condenação a nove anos de prisão da ativista Ienelis Delgado Cué, conhecida nas redes sociais como “Mambisa Agramontina”.

Ela foi processada por um suposto crime de desacato ao defender a amiga Aniette González, detida desde 23 de março passado em Camagüey após publicar fotos suas nas redes sociais enrolada em uma bandeira cubana, em forma de protesto. Ela pode pegar até quatro anos de prisão, de acordo com o pedido da Promotoria.

O relatório também denuncia a falta de assistência à saúde dentro das penitenciárias que recebem presos políticos, situação que levou diversos detidos à morte nos últimos anos.

Outro documento produzido pelo observatório mostra que no mês de agosto, 424 protestos espontâneos foram registrados na ilha, sendo 60% dos casos relacionados à indignação da população cubana sobre o desrespeito aos seus direitos econômicos e sociais (274 casos).

O segundo motivo de reivindicação foi o desrespeito aos direitos políticos e civis (150 casos), devido à falta de liberdade de manifestação e à crise que atinge a ilha, com a escassez de alimentos, remédios, combustível e dinheiro.

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