Patricia Bullrich, no debate de domingo: candidata de centro-direita criticou Milei por este tê-la acusado de ter “colocado bombas em um jardim de infância” na época de Montoneros| Foto: EFE/Tomás Cuesta
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Candidata de centro-direita à presidência da Argentina, Patricia Bullrich disse nesta terça-feira (3) que vai processar criminalmente o libertário Javier Milei, a quem enfrentará nas urnas no primeiro turno no próximo dia 22, por acusá-la de ter “colocado bombas em um jardim de infância” durante seu tempo de guerrilheira.

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Em entrevista durante um comício de campanha na cidade de Villa Adelina, a ex-ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri (2015-2019) chamou Milei de “mentiroso”.

“Javier Milei disse no debate: 'Se você mudou, eu aceito que você mudou' (...). Vinte e quatro horas depois, ele foi a um programa de televisão para dizer que eu havia colocado bombas em um jardim de infância”, afirmou Bullrich, visivelmente irritada, que em sua juventude foi integrante do grupo guerrilheiro peronista de esquerda Montoneros.

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As acusações de Milei contra a candidata da coalizão macrista Juntos pela Mudança foram um tema central no terceiro bloco do primeiro debate pré-eleitoral entre os candidatos à presidência, realizado no último domingo em Santiago del Estero, a cidade mais antiga do país.

Milei, que lidera o partido A Liberdade Avança, chamou Bullrich de “montonera lançadora de bombas” durante o debate.

Bullrich, que admitiu naquela noite ter sido membro do Montoneros durante a juventude, embora tenha negado participação em ações terroristas, pediu que não sejam feitas mais “acusações falsas” contra ela.

“Fui membro de uma organização de jovens (...). O mesmo aconteceu com grandes líderes da humanidade, como Nelson Mandela e José Mujica”, acrescentou a candidata de oposição ao atual governo, do presidente Alberto Fernández e que terá como representante nas urnas o peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia.

Tanto Javier Milei quanto sua candidata à vice-presidência, a advogada Victoria Villarruel, fizeram do debate sobre as vítimas dos grupos armados de esquerda na década de 1970 um de seus principais discursos no período que antecedeu as eleições presidenciais.

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