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As recentes pesquisas de opinião colocam a ex-ministra Patricia Bullrich em terceiro lugar na corrida eleitoral, atrás de Massa e Milei
As recentes pesquisas de opinião colocam a ex-ministra Patricia Bullrich em terceiro lugar na corrida eleitoral, atrás de Massa e Milei| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

A candidata de centro-direita da coligação Juntos pela Mudança, Patricia Bullrich, apresentou novas propostas de governo nesta terça-feira (3), em um claro endurecimento de seu discurso a poucos dias das eleições na Argentina.

Depois de ter concentrado sua campanha em "acabar com o kirchnerismo", em referência à ala do peronismo ligada ao falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e à Cristina Kirchner, o seu fraco desempenho no debate presidencial deste domingo (1º) fez com que a presidenciável mudasse o discurso diante dos eleitores, mostrando uma postura mais "rígida".

Em uma entrevista concedida à rádio argentina Neura Media, Bullrich disse que uma de suas propostas na área de segurança envolve permitir a gravação de presos enquanto falam com sua defesa.

A candidata da coligação Juntos pela Mudança fez a afirmação enquanto falava sobre o combate ao tráfico de drogas e suas lideranças. "Quando se tem um recluso que pode estar enviando uma mensagem a alguém, grava-se a sua comunicação com a defesa", disse.

"Posso gravar a conversa, posso tê-la como elemento de prova, posso não ouvi-la, posso tê-la com um sistema de proteção dessa comunicação. A questão é pôr ordem no país e nas prisões. Afinal, quem manda é o Estado ou o crime organizado?", afirmou.

Bullrich também disse que revogaria algumas leis trabalhistas "em dois minutos", por decreto.

"Quem não aceitar as regras do jogo e quiser colocar obstáculos na Argentina, terá consequências", afirmou a candidata, concordando com Milei durante a campanha de que vai acabar com as manifestações e protestos de rua para defender a via pública, confrontando abertamente o movimento sindical, que tem um forte poder no país.

Em agosto, a Argentina deixou claro que estava dividida em três terços, uma vez que os três principais candidatos estavam perto dos 30% de apoio, mas nenhum alcançou votos suficientes, motivo pelo qual as estratégias de campanha das últimas semanas tentam captar não só os indecisos, mas também arrebatar votos dos rivais.

Dos três principais candidatos a ocupar a Casa Rosada em 10 de dezembro, a ex-ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri (2015-2019) foi a terceira mais votada nas primárias de agosto, atrás do líder do Liberdade Avança, Javier Milei, e do ministro da Economia e candidato do partido governista, Sergio Massa.

Apesar de seu grupo político ter sido o segundo mais apoiado nas eleições PASO (primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias), Bullrich ficou em terceiro lugar em nível individual e, de acordo com a maioria das pesquisas para as eleições de 22 de outubro, ficaria de fora de um eventual segundo turno, programado para 19 de novembro.

Um segundo debate presidencial ocorrerá no próximo domingo (8), na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, e terá como um dos focos das discussões a segurança, uma das bandeiras da candidata. (Com agência EFE)

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