O gabinete da ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, divulgou nesta quarta-feira (17) uma nota informando que ela pediu “desculpas” ao governo do Chile por ter dito que haveria células do grupo terrorista Hezbollah no país vizinho.
Em declarações à imprensa argentina, a ministra havia manifestado na segunda-feira (15) preocupação com as relações da Bolívia com o Irã, apoiador do Hezbollah, e dito que há combatentes do grupo terrorista libanês no Brasil e no Chile.
“O Hezbollah tem células que foram descobertas no ano passado, mas dois [membros] fugiram em São Paulo. São satélites do Irã. Na Argentina, agiram sob ordens do Irã”, disse Bullrich, referindo-se a dois atentados nos anos 1990 que mataram 114 pessoas.
As declarações geraram revolta no governo chileno, que convocou o embaixador da Argentina em Santiago, Jorge Faurie, para protestar.
Na nota, a equipe de Bullrich disse que ela falou por telefone com a ministra do Interior e Segurança Pública do Chile, Carolina Tohá, “com o objetivo de pedir desculpas pelas suas recentes declarações sobre a presença do Hezbollah em Iquique, Chile”.
“A ministra Bullrich esclareceu que estas observações foram feitas no contexto de uma análise da situação regional, no âmbito das responsabilidades inerentes ao seu cargo, e não com a intenção de gerar medo ou alarme no Chile”, justificou.