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O buraco na camada de ozônio que recobre a Antártida apareceu mais cedo do que o usual em 2007, afirmou nesta terça-feira a agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Organização Meteorológica Mundial (WMO na sigla em inglês) disse que não seria possível confirmar nas próximas semanas se o buraco na camada de ozônio, que deve continuar aumentando até o início de outubro, seria maior do que o tamanho recorde registrado em 2006.

"Ainda é cedo demais para dar uma declaração definitiva sobre os avanços do buraco na camada de ozônio neste ano e sobre a perda de ozônio que vai ocorrer. Isso dependerá, em grande medida, das condições atmosféricas", afirmou a agência, com sede em Genebra.

A camada de ozônio protege a Terra dos raios ultravioleta, que podem provocar câncer de pele.

Segundo a WMO, apesar de ter diminuído a utilização de clorofluorcarbonetos (CFCs), uma substância danosa à camada de ozônio, grandes quantidades de cloro e bromo permanecem na atmosfera e continuariam provocando buracos na camada protetora pelos próximos anos.

"Apesar de as substâncias prejudiciais à camada de ozônio estarem diminuindo gradativamente, não há nenhum sinal de que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida esteja diminuindo", afirmou a agência em um relatório.

A WMO e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente disseram que, em 2049, a camada de ozônio deve regressar a seus níveis de antes de 1980 sobre grande parte da Europa, da América do Norte, da Ásia, da Austrália, da América Latina e da África.

Mas, na Antártida, segundo as agências, a recuperação da camada de ozônio deve demorar até 2065.

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