Equipes de resgate retomaram neste domingo a busca dos 17 cadáveres que ainda não foram encontrados dos 21 passageiros que estavam a bordo do avião militar que se acidentou na ilha Robinson Crusoé, focados em encontrar sua fuselagem, onde, acreditam, pode estar a maioria dos corpos, segundo as autoridades.
Os trabalhos eram realizados por equipes da Força Aérea e da Marinha chilena, junto a grupos de pescadores e moradores locais, que rastreavam as áreas próximas ao aeroporto da ilha, localizada no oceano Pacífico, onde na tarde de sexta-feira ocorreu o acidente com o avião, um Casa-212, após duas tentativas de pouso frustradas.
"A busca continua e será mantida até que seja possível encontrar os restos de cada um" dos tripulantes, afirmou neste domingo o secretário-geral da Força Aérea chilena, Maximiliano Larraechea, um dia após ser declarada oficialmente a impossibilidade de encontrar sobreviventes.
O general disse que um equipamento sonar (radar) da Marinha chilena já trabalhava na região, com o objetivo de encontrar a fuselagem do avião, onde acreditam que podem estar os 17 cadáveres ainda não encontrados. "No dia de ontem (sábado) apareceram com certa rapidez os corpos de algumas vítimas e depois não ocorreram mais aparições, o que nos leva a pensar que provavelmente os restantes estão juntos na fuselagem", explicou Larraechea.
No início de sábado, apareceram os corpos de quatro ocupantes do avião, que durante a tarde foram levados a Santiago, onde já foram identificados.
O acidente comoveu o Chile, porque entre os ocupantes encontrava-se o famoso apresentador da televisão local Felipe Camiroaga, astro do canal estatal após comandar, por quase uma década, um programa matinal, que o mantinha nas telas por quatro horas diárias.
Camiroaga, junto a uma equipe de seu programa, viajava à ilha Robinson Crusoé para fazer uma reportagem sobre os trabalhos de reconstrução do local, arrasado após o tsunami de 27 de fevereiro de 2010.