Um robô-submarino dos EUA pode levar até dois meses para vasculhar 600 quilômetros quadrados do leito do oceano Índico em busca do avião malaio desaparecido em março, disseram autoridades norte-americanas na terça-feira (15).
A previsão coincide com o fim abreviado da primeira missão do submarino Bluefin-21, que passou seis horas no fundo do mar na segunda-feira. O aparelho teleguiado deveria ter ficado 16 horas em operação, mas excedeu sua profundidade máxima, de 4.500 metros, e voltou automaticamente à superfície.
O uso do drone submarino marca uma nova fase nas buscas, agora em ritmo mais lento. Gradualmente, as autoridades planejam encerrar as buscas aéreas e na superfície do mar, pois há poucas esperanças de encontrar destroços flutuantes, e já faz mais de uma semana que os equipamentos militares não recebem sinais eletrônicos que possam ser atribuídos às caixas-pretas - cujas baterias já esgotaram sua vida útil, de 30 dias.
O Boeing que fazia o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março com 239 pessoas a bordo, cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Radares militares indicam que o avião, após ter seus instrumentos de localização desligados, mudou de rota. As buscas estão concentradas em uma vasta área do Índico, cerca de 1.550 quilômetros a noroeste de Perth, na Austrália.
A nova etapa das buscas deve ser mais lenta. "O AUV (veículo submarino autônomo, na sigla em inglês) leva seis vezes mais tempo para cobrir a mesma área do que o localizador rebocado de sinais (outro instrumento que vinha sendo usado nas buscas). Estima-se que o AUV levará algo entre seis semanas e dois meses para varrer toda a área de buscas", disse em nota Daniel Marciniak, porta-voz da Sétima Frota Naval dos EUA, que participa das buscas.
Nas seis horas iniciais de buscas, o Bluefin-21 não encontrou nada interessante, segundo Marciniak. A segunda missão deve começar ainda na terça-feira.
O robô, que leva duas horas para descer ao fundo do mar e outras duas para subir, além de várias horas para descarregar os dados colhidos, irá traçar um detalhado mapa do leito marinho, usando um sonar. No ano passado, essa técnica permitiu a localização de um caça F-15 dos EUA que havia caído na costa do Japão.
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