Ministro de Defesa diz que Malásia não perde esperança de encontrar avião
O ministro de Defesa e titular interino de Transporte da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse nesta quarta-feira (12) em Kuala Lumpur que as operações de busca continuarão até se constatar o destino do boeing 777-200 da Malaysia Airlines.
"Nunca perderemos a esperança, devemos isso aos familiares", afirmou o ministro em entrevista coletiva.
Vietnã reduz operação de busca por avião
O Vietnã anunciou nesta quarta-feira a redução da operação de busca em águas vietnamitas pelo avião da Malaysian Airlines, disse uma importante autoridade do país.
"Ainda temos planos de procurar com alguns voos hoje, mas outras atividades estão suspensas", disse a repórteres o vice-ministro do Transporte, Pham Quy Tieu, que lidera a busca vietnamita.
Tieu disse que as buscas por barco estão suspensas.
Segundo ele, o Vietnã pediu ao governo da Malásia informações sobre relatos de que o avião, com 239 pessoas a bordo, teria mudado de direção após seu último contato conhecido, no sábado, mas ainda não tinha recebido resposta.
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As equipes de resgate iniciaram nesta quarta-feira (12) o quinto dia dos trabalhos de busca pelo avião desaparecido no último sábado (8) com 239 pessoas a bordo, enquanto não se descarta nenhuma possibilidade sobre o destino da aeronave.
As autoridades da Malásia, que trabalham de forma conjunta com as agências de inteligência de vários países, informaram que a aeronave da Malaysia Airlines, cujo destino final era Pequim, pode ter dado a volta e ido em direção ao Estreito de Malaca sem que os radares a tivessem detectado.
Confira a localização do Estreito de Malaca
"Não descartamos a possibilidade de uma mudança de rumo antes que o avião desapareceu do radar", afirmou em comunicado o general das Forças Aéreas da Malásia Dawoud Rodzali.
O jornal malaio Berita Harian publicou anteriormente declarações de Rodzali, que diziam que o avião foi detectado a oeste do Estreito de Malaca, mas o general negou em seu comunicado tais afirmações.
Diante desta possibilidade, a frota internacional de resgate, à qual se juntaram nesta quarta-feira fragatas da Índia, ampliou na terça-feira (11) a zona de rastreamento, sem encontrar vestígios do avião desaparecido.
O diretor da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, informou que entre as possibilidades investigadas estão: sequestro, sabotagem, falha mecânica do avião, assim como problemas psicológicos ou pessoais entre os passageiros e a tripulação do voo.
As autoridades malaias e a Interpol conseguiram identificar os dois passageiros que embarcaram no avião com passaportes roubados, mas descartaram que ambos sejam supostos membros de um grupo terrorista.
Os dois passageiros, dois homens de 19 e 28 anos, viajavam rumo à Europa com fins supostamente emigratórios.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur às 0h41 locais (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde, mas desapareceu do radar uma hora depois da decolagem.
Uma frota internacional de 42 embarcações e 35 aviões cobrem uma superfície de 500 mil milhas náuticas quadradas (1,71 milhões de quilômetros quadrados) nas buscas.
A operação, da qual participam Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura, Tailândia e Vietnã, também não recolheu nenhum sinal dos aparelhos eletrônicos do avião que deveriam emitir um aviso em caso de perigo ou acidente.
Na aeronave viajavam 239 pessoas, 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 malaios.
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