Especialistas holandeses e australianos retornaram ao local da queda do avião da Malaysia Airlines pelo segundo dia consecutivo neste sábado (2), vasculhando o território por restos mortais de vítimas ou objetos pessoais, embora as tropas do governo ucraniano tenham avançado com a ofensiva contra os separatistas que controlam a região leste do país.
A equipe, que é composta por 70 pessoas, chegou à área na manhã de hoje, acompanhada de cães especialmente treinados e preparados para um "longo dia" de "trabalho intensivo" para recuperar os restos mortais das vítimas, disse a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em sua conta no Twitter.
A entidade, formada por 75 países, incluindo Ucrânia e Rússia, ajudou a negociar o acesso dos especialistas ao local da queda do voo MH17 em um território dominado pelos separatistas pró-Rússia e os acompanhou durante os trabalhos.
Este é o segundo dia em que a equipe forense holandesa pode trabalhar no local, depois de esperar quase duas semanas par garantir acesso seguro à área em meio ao combate. Na sexta-feira 30 especialistas atuaram por duas horas em um espaço de 16 metros quadrados, onde um conjunto de restos humanos foi encontrado, disse Pieter-Jaap Aalbersberg, que lidera a missão de recuperação.
Aalbersberg acrescentou que o tamanho da equipe deve aumentar para 100 até segunda-feira, contanto que o acesso esteja assegurado. Além do uso de cães farejadores, os especialistas também avalia a utilização de drones e mergulhadores nas buscas. O Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu com 298 pessoas a bordo no dia 17 de julho, quando fazia a rota de Amsterdã até Kuala Lumpur.
Os restos mortais e os objetos pessoas encontrados próximos ao local estão sendo enviados para Holanda, que perdeu 193 cidadãos no incidente. Embora a rota para chegar à área da queda da aeronave seja considerada segura o suficiente, o exército ucraniano continua tentando retomar o controle da região.
Para reforçar o clima de tensão, a Rússia alertou que o combate parece ter invadido o território russo. O representante de controle de fronteiras do país, Vasily Malayev, disse que nove crateras de granadas de artilharia foram encontradas na região de Rostov, na Rússia, próximo a divisa com a Ucrânia.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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