Após sete dias de buscas pelo submarino ARA San Juan, a Marinha da Argentina afirmou nesta quarta-feira (22) que a situação entrou em uma etapa crítica. A imprensa do país também definiu os esforços de busca como "sem precedentes". A tripulação, que desapareceu na última quarta-feira (15), estava preparada para um viagem de 10 dias e tinha suprimentos para uma quinzena. A quantidade de oxigênio, no entanto, poderia suprir os tripulantes durante apenas sete dias - o que se encerraria hoje.
Nesta quarta-feira (22), duas fontes disseram ao jornal argentino "Clarín" que novos sinais tinham sido detectados por equipes de apoio. A Marinha, mais tarde, no entanto, relatou que a informação foi descartada, de acordo com o jornal.
A partir da suspeita do sinal, as equipes tinham definido um novo perímetro de busca. Segundo o jornal, uma frota comandada pela corveta (navio de guerra) Drummond já estava sendo encaminhado ao local onde o teria sinal detectado.
O ponto, a 300 quilômetros da costa da cidade de Puerto Madryn, coincide com a área indicada pela Marinha dos Estados Unidos, que disse ter localizado com um de seus aviões uma "mancha de calor" a 70 metros de profundidade.
A embarcação
O ARA San Juan saiu de Ushuaia, no extremo sul do país, e estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva da Marinha argentina. A embarcação se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.
No domingo, a Marinha da Argentina já tinha dito que não estava trabalhando com a questão da sobrevivência dos 44 tripulantes que o ARA levou a bordo, devido ao abastecimento de oxigênio e alimentos da tripulação.
Buscas
As Forças Armadas argentinas têm empregado todo tipo de embarcações e aviões nas buscas, de barcos científicos e corvetas a aviões de guerra, além de ter aceitado a ajuda nas buscas, inclusive, de navios pesqueiros.
O Brasil mobilizou três embarcações da Marinha, o navio polar almirante Maximiano, que se deslocava para Estação Antártica Comandante Ferraz; a fragata Rademaker, que regressava de uma operação com a Armada do Uruguai, e o navio de socorro submarino Felinto Perry, que desatracou da base almirante Castro e Silva, localizada no Rio de Janeiro.
A Argentina aceitou ajuda ainda dos Estados Unidos para enviar o avião explorador da NASA P-3. O Reino Unido também ofereceu apoio nas buscas pelo ARA San Juan e disponibilizou um avião Hércules que opera nas ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos).
Outros países que manifestaram ajuda ao governo argentino foram Uruguai, Chile, Peru, e África do Sul, segundo informações do jornal argentino “Clarín”.
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