Susto
Vários passageiros de um voo da AirAsia em Surabaia se negaram ontem a embarcar em um segundo avião após o primeiro precisar abortar uma decolagem por problemas em um motor. A companhia aérea reembolsou o dinheiro das passagens para os viajantes que decidiram não voar.
As equipes de resgate já recuperaram 34 corpos de pessoas que estavam no avião da AirAsia que, em 28 de dezembro, caiu com 162 pessoas a bordo no mar de Java.
Os legistas identificaram ontem os corpos de uma aeromoça de 24 anos, e os de dois passageiros, de 30 e dez anos, que se somam a uma passageira que foi identificada e enterrada na última quinta-feira, dia 1.º, segundo o canal de televisão Channel News Asia.
Os serviços de emergência tentaram sem sucesso recuperar cinco grandes objetos localizados com radares, um deles ontem, a cerca de 30 metros de profundidade no mar de Java.
O tempo ruim e as fortes correntes dificultaram as tarefas dos mergulhadores e dos submarinos não tripulados, que ainda não conseguiram chegar aos destroços.
Acredita-se que parte dos viajantes do Airbus possam estar presos nos assentos destes destroços, que medem entre sete e dez metros de comprimento.
Cerca de 27 embarcações e 20 aeronaves de diversos países participaram ontem das operações de busca e resgate de vítimas e das caixas-pretas do avião da AirAsia, indicou a Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia.
Em um relatório, a Agência Indonésia de Meteorologia, Climatologia e Geofísica (BMKG) afirmou no sábado que a causa mais provável do acidente foi uma falha no motor causada por formação de gelo ao atravessar uma nuvem, embora as autoridades ainda busquem as caixas-pretas para explicar o ocorrido.
Nos últimos dias, as autoridades indonésias revelaram várias irregularidades no voo QZ-8501, mas sem relacioná-las diretamente ao acidente.
Na quarta-feira, dia 31, um documento da agência de meteorologia revelou que o voo decolou em 28 de dezembro sem ter recebido o boletim climatológico do serviço de meteorologia, segundo o jornal The Jakarta Post.
Sunu Widyatmoki, diretor da AirAsia Indonésia, filial do grupo malasiano AirAsia, negou as alegações. "A AirAsia Indonésia considera com muito cuidado os relatórios meteorológicos da BMKG antes de cada voo", disse Widyatmoki.
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