Washington O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reconheceu ontem que o país está sofrendo duras perdas na Guerra do Iraque e que a população norte-americana está insatisfeita com a ação. Bush enfrenta o declínio do apoio público às vésperas das eleições parlamentares dos EUA, marcadas para 7 de novembro. A insatisfação com a guerra ameaça o controle republicano na Câmara dos Representantes e no Senado.
Apesar do reconhecimento das perdas, Bush reafirmou que a vitória é essencial no Iraque, como parte da luta contra o terrorismo. "Estamos vencendo. Vamos vencer, a menos que deixemos o Iraque antes de terminar o trabalho".
O presidente disse ainda que, ao mesmo tempo em que os que combatem a presença norte-americana no Iraque mudam suas estratégias, os EUA também ajustam suas táticas militares.
"Os americanos não têm a intenção de tomar partido na luta sectária nem de ficar no meio do fogo cruzado entre facções rivais", disse ele.
É exatamente isso que a oposição afirma que vai acontecer com o comprometimento, sem data para terminar, das forças norte-americanas no Iraque. Para evitar o risco de maior envolvimento nos confrontos sectários, os Estados Unidos e o governo iraquiano tentam, agora, seguir um cronograma de ação para satisfazer sunitas, xiitas e curdos, principais facções do complexo mosaico étnico-religioso existente no Iraque. O cronograma foi apresentado na terça-feira e prevê que em até 18 meses os iraquianos estejam prontos para tomar controle total das forças de segurança no país.