O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se declarou nesta quinta-feira "profundamente preocupado com as ingerências" de países como a Síria nas próximas eleições presidenciais no Líbano.
"Estou profundamente preocupado com as ingerências estrangeiras na eleição. A mensagem de que ninguém deve interferir (nestas eleições presidenciais libanesas) foi enviada a países como a Síria", disse Bush durante uma reunião com o líder do Parlamento libanês, Saad Hariri, filho do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, assassinado em fevereiro de 2005.
O presidente americano também expressou sua frustração com a demora da ONU em criar um tribunal especial para julgar os assassinos de Rafic Hariri.
"A criação deste tribunal está demorando demais. A comunidade internacional tem que trabalhar mais rápido para instalar" esta instância, afirmou.
"Não permitiremos que tenham sucesso os que querem destruir nossa democracia, que pagamos com o sangue do meu pai e de tantos outros até Antoine Ghanem (morto recentemente num atentado em Beirute). Eles estavam dispostos a pagar o preço necessário para preservar nossa democracia", declarou Saad Hariri.
Washington acusa Damasco de estar por trás de uma série de atentados contra personalidades anti-sírias no Líbano.
O presidente americano anunciou que pediu ao almirante William Fallon, comandante das forças americanas no Oriente Médio, que viaje ao Líbano "para avaliar a melhor forma de seguir ajudando o governo e as forças libanesas a se protegerem dos elementos radicais".
O Líbano é uma das prioridades de Bush no combate ao terrorismo e no apoio à democracia no Oriente Médio.
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