Washington (AFP) O presidente George W. Bush afirmou estar "profundamente decepcionado" com a saída de sua candidata à Suprema Corte, que ele explica mais como resultado de um "conflito" entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do que pelas pressões políticas da direita religiosa. "O presidente está profundamente decepcionado pelo processo", declarou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, indicando, no entanto, que o presidente compreende os motivos da assessora. "Sempre estivemos concentrados no Senado e não nos comentários de grupos exteriores", acrescentou McClellan em referência às violentas críticas da direita religiosa, base eleitoral do presidente, depois do anúncio da decisão de indicar Harriet Miers como sua candidata.
Miers seria vítima da direita radical, segundo o chefe da oposição democrata Harry Reid. "A ala da direita radical do Partido Republicano matou a indicação de Harriet Miers", declarou Reid em um comunicado. "Ao escolher um substituto para Miers, o presidente Bush não deve recompensar sua base da direita mais radical que se comportou mal. O presidente deve rejeitar as exigências de um punhado de extremistas e escolher um juiz que proteja os direitos constitucionais de todos os americanos", afirmou.