Governo impõe toque de recolher em duas cidades de Mianmar
Monges ignoram ameaça e continuam protestos pelas ruas do país.Leia a matéria completa
Em seu discurso na Assembléia Geral da ONU, nesta terça-feira (25), George W. Bush anunciou que irá impor sanções ao governo ditatorial de Mianmar (a antiga Birmânia). O presidente dos Estados Unidos acusou o regime de manter uma censura de 19 anos, "imposta pelo medo".
Ele encorajou a ONU a manter a luta contra a tirania e a falta de liberdades, princípios que os Estados Unidos compartilham e que o levou a impor novas sanções contra o regime militar de Mianmar.
Horas antes do discurso de Bush, milhares de pessoas -lideradas pelos monges budistas - participaram de mais um protesto contra o governo militar de Mianmar. Caminhando pelo centro de Yangun, os manifestantes gritavam "democracia, democracia".
Entre os participantes havia cerca de 200 membros da Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de oposição liderado por Aung San Suu Kyi, vencedora do prêmio Nobel da Paz que se encontra sob prisão domiciliar desde 2003. Alguns deles mostravam cartazes com o pavão real, o símbolo da organização.
Irã e Zimbábue
Baseando-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos, o presidente evitou falar sobre os grandes conflitos internacionais, e mencionou superficialmente Irã e Zimbábue como países onde não há liberdade.
Bush disse que em Cuba "não há liberdade de expressão, de associação nem eleições livres e que "o regime de um ditador cruel se aproxima do seu fim".
Segundo Bush, em Cuba "o povo está preparado para a liberdade e sua nação entra em um período de transição. A ONU deve insistir na liberdade de expressão, na liberdade de reunião e em última instância, em eleições livres e competitivas".
Após o discurso de Bush,a delegação cubana abandonou a assembléia da ONU.
O presidente também conclamou outras nações a ajudar na luta por democracia em países como Líbano, Afeganistão e Iraque. "As pessoas desses países têm pedido ajuda e toda nação civilizada tem responsabilidade de apoiar", afirmou.
Quanto ao conflito no Iraque, Bush fez pouca menção. Ele preferiu focar seu discurso na luta que a ONU deve travar para libertar nações da pobreza e do terror.
"Os países desta Assembléia têm suas diferenças, mas todos nós concordamos em alguns pontos: quando pessoas inocentes são assassinadas ou tomadas pelo medo, a declaração [dos Direitos Humanos] não é mantida."
Bush finalizou seu discurso dizendo que a ONU precisava trabalhar pela liberação de "pessoas que vivem sob tirania e violência, fome e doenças, analfabetismo e ignorância e pobreza e desepero."
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