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Washington (AE/AFP) – O presidente norte-americano, George W. Bush, citou a repressão a imigrantes brasileiros como exemplo de sucesso na política do governo contra pessoas que entram ilegalmente no país, num discurso sobre imigração proferido na cidade de Tucson, no Arizona, perto da fronteira com o México. Ele disse que o governo tinha nos últimos meses tomado uma série de medidas para mandar rapidamente ao país de origem estrangeiros sem documentos encontrados pela polícia fronteiriça.

Bush também defendeu ontem seu polêmico plano contra a imigração ilegal, que promove um reforço da vigilância na fronteira com o México, mas que também adota um estatuto de trabalho temporário para estrangeiros visto por muitos republicanos como uma "anistia". "Esta é uma nação da lei. O povo não deve permitir a violação da lei. Uma das formas que temos para garantir isto é uma política de vigilância na fronteira e a legalização do trabalho de alguns imigrantes. Não é uma anistia, é um trabalho legal temporário", disse Bush à imprensa, em El Paso, Texas. "As pessoas poderão vir, fazer o trabalho que os norte-americanos não querem e, então, voltar para casa. Vamos tratar disto no Congresso, trabalhar em um plano minucioso que tornará as coisas mais fáceis para que gente boa faça seu trabalho, mas respeitando a fronteira dos Estados Unidos", frisou.

O plano de Bush, que detonou uma batalha no Congresso e dividiu o Partido Republicano, promove a criação de um programa de trabalho temporário, aberto para imigrantes sem documentos que estejam empregados nos Estados Unidos em serviços rejeitados por trabalhadores norte-americanos, assim como para eventuais imigrantes com oferta de emprego no país.

Os adversários do projeto qualificam o plano migratório de Bush como uma "anistia" que pode incentivar a imigração ilegal e recompensar muitos imigrantes com trabalho e permissão para permanecer no país.

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