George W. Bush certificou a Arábia Saudita como um aliado antiterrorista, semanas depois que uma autoridade do Tesouro criticou duramente a falta de ação do país contra grupos que financiam o terrorismo.
A decisão de Bush ficou explícita em um memorando que a secretária de Estado, Condoleezza Rice, entregou à imprensa. No documento, o presidente pedia que Washington liberasse ajuda para Riad.
"Venho por meio desta, certificar que a Arábia Saudita está cooperando com os esforços para combater o terrorismo internacional e que a assistência proposta ajudará a facilitar este esforço", disse o presidente.
Este memorando chega pouco depois de o subsecretário de Terrorismo e Inteligência Financeira do Tesouro dos Estados Unidos, Stuart Levey, ter acusado a Arábia Saudita de não perseguir os que financiam grupos terroristas.
Levey disse para a rede ABC que nem uma só pessoa identificada pelos Estados Unidos ou pela ONU como financiador do terrorismo tinha sido perseguida pela Arábia Saudita.
"Se eu pudesse, de alguma forma, cortar o financiamento de um país com o estalar dos meus dedos, este país seria a Arábia Saudita", disse Levey ao canal um dia depois do sexto aniversário dos atentados terroristas de 11 de Setembro.
"Quando fica clara a evidência de que estes indivíduos financiaram organizações terroristas, e de que fizeram isso com consciência, então devem ser perseguidos e tratados como terroristas, porque o são", acrescentou Levey.
O ministro das Relações Exteriores saudita, Saud al-Faisal, rechaçou estas declarações, dizendo que as críticas públicas de Levey não coincidiam com os elogios que havia recebido em particular de autoridades americanas.
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