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Karen Hughes, assessora do presidente George W. Bush, foi empossada nesta sexta-feira com a missão de tentar melhorar a imagem dos Estados Unidos em um mundo acostumado a ter uma visão hostil de Washington.

Após anos trabalhando como conselheira política de Bush, Hughes assumiu oficialmente o posto de subsecretária de Estado para a diplomacia pública.

Bush descreveu o cargo como crucial, dizendo ser necessário, em parte, para controlar o que chamou de mitos, que estariam sendo espalhados por extremistas como os que lançaram os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.

- Estamos em guerra contra o terror. Ainda estamos em guerra. E, para ganharmos essa guerra, devemos explicar de forma efetiva nossas políticas e valores fundamentais para as pessoas ao redor do mundo - disse o presidente, durante a cerimônia de posse de Hughes.

Uma pesquisa em 16 países observando as atitudes com relação aos EUA descobriu que embora o antiamericanismo na Europa, na Ásia e no Oriente Médio, surgido devido à guerra ao Iraque, tenha diminuído, os EUA continuavam "vistos com antipatia na maior parte das nações pesquisadas", disse o Pew Research Center, que lançou a pesquisa em junho.

Críticos acusam o governo Bush de enfatizar uma agenda para espalhar a democracia no Oriente Médio e em outros locais como uma razão para invadir o Iraque em 2003. As armas de destruição em massa nunca foram encontradas no Iraque, apesar da insistência de Washington, antes da guerra, de que elas eram uma ameaça.

Além da guerra no Iraque, as políticas americanas como a detenção de prisioneiros estrangeiros suspeitos de laços com o terrorismo na prisão na Baía de Guantánamo, em Cuba, foram amplamente criticadas no exterior.

Uma das tarefas imediatas de Hughes será a de contornar os efeitos negativos no exterior do desastre provocado pelo furacão Katrina.

Imagens televisionadas de sobreviventes desesperados, a maior parte de negros, em uma Nova Orleans inundada, alimentaram as percepções no exterior de que os Estados Unidos eram um país racialmente dividido, cujo governo se mostra indiferente com seus cidadãos pobres.

- As pessoas viram coisas que ninguém gosta de ver - disse Hughes para o jornal San Antonia Express-News.

Os laços de Hughes com Bush vêm da candidatura do presidente para o governo do Texas, em 1994.

Depois de desempenhar o que muitas autoridades viram como um papel crucial durante a eleição de 2000, ajudando Bush a atrair as maes e outros eleitores da classe média, Hughes se tornou conselheira da Casa Branca, até sair do governo em 2002. Ela retomou o papel de conselheira política na eleição de 2004.

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