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Conflito no Golfo

Bush dá apoio ao premier do Iraque e descarta retirada

Am㠖 Depois de tecer diversos elogios ao premier iraquiano, Nuri Al Maliki, o presidente dos EUA, George W. Bush, descartou as recomendações de um relatório independente – a ser divulgado na oficialmente na próxima quarta-feira – para retirar as tropas do Iraque. "Sei que há muita especulação sobre o relatório (feito pelo Grupo de Estudos para o Iraque), mas vamos permanecer no país até que o trabalho esteja completo e enquanto o governo nos queira por lá", afirmou Bush em uma conversa mantida em Amã, capital da Jordânia.

Liderado pelo ex-secretário de Estado James Baker, o grupo é formado por uma comissão bipartidária e vai sugerir uma retirada gradual de 45 a 75 mil soldados de tropas de combate.

Os dois líderes concordaram em acelerar a passagem da segurança total do país para as forças iraquianas. Em entrevista à tevê americana ABC News, Maliki revelou que o Iraque estará pronto para assumir tal responsabilidade em seis meses. "Estaremos prontos em junho", afirmou o premier. Nem Bush nem Maliki, no entanto, mencionaram cronogramas para a transferência, nem deram detalhes de como se dará o processo.

"Vamos ajudá-lo no que for preciso, porque Maliki é o cara certo para o Iraque, é um homem de coragem", declarou o presidente norte-americano.

Saia-justa

As declarações foram feitas um dia depois de Bush ter enfrentado um constrangimento por causa do vazamento de um memorando – produzido pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Stephen Hadley – que levantava dúvidas sobre a capacidade de Maliki. Horas depois da divulgação do documento, o premier cancelou um encontro que teria com Bush na quarta-feira.

Nos bastidores, representantes diplomáticas dos Estados Unidos trabalharam para que o encontro de ontem fosse realizado sem constrangimentos.

Maliki aproveitou as atenções despertadas pela saia-justa para apelar pela volta dos 36 políticos aliados ao clérigo xiita anti-americano Muqtada Al Sadr, que deixaram recentemente o governo. Eles boicotaram o gabinete para protestar contra o encontro do premier com Bush. Maliki, entretanto, minimizou o papel dos aliados de Sadr: "Os sadristas são apenas um componente do Parlamento".

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