O presidente George W. Bush disse nesta segunda-feira que os quase 300 mil soldados enterrados no Cemitério Nacional de Arlington representavam um recado da importância de concluir a missão americana no Iraque.
Bush fez o discurso em sua visita anual ao cemitério, no Memorial Day, e depositou uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido. Bush frisou que 270 dos 296 mil soldados ali enterrados tinham perdido a vida nos conflitos do Iraque e do Afeganistão. No total, no entanto, cerca de 2.400 soldados americanos morreram no Iraque, desde a invasão, em 2003.
- A melhor forma de homenageá-los é valorizar o motivo de um sacrifício ter sido feito - disse o presidente. - Nós os honraremos completando a missão pela qual eles deram suas vidas.
Bush falou durante outro dia sangrento no Iraque. Vários ataques mataram ao menos 47 pessoas nesta segunda-feira, de acordo com a polícia e outras autoridades.
Bush, que na semana passada admitiu alguns erros no Iraque, está contando com o novo governo iraquiano para frear o banho de sangue sectário e permitir que as forças dos Estados Unidos possam deixar o país.
- Todos os que estáo enterrados aqui entenderam sua missão - disse o presidente, que recontou histórias de soldados mortos no Iraque, no Afeganistão e na Segunda Guerra Mundial.
- Eles viram a sombra no horizonte e correram para ela. Entenderam que a tirania deve ser enfrentada com determinação e que a liberdade é sempre uma conquista da coragem.
Centenas de veteranos e parentes, muitos usando botons e camisetas com fotos de seus entes queridos, enfrentaram o sol para ouvir o presidente.
Dúzias de manifestantes antiguerra emparelharam com a comitiva de Bush empunhando cartazes com dizeres como "Tragam nossos soldados vivos para casa" e "Deus abençoe nossos soldados".
Antes de deixar a cerimônia, Bush sancionou uma lei para limitar protestos em funerais militares.
A lei se aplica a funerais no cemitério de Arlington, perto de Washington, e nos cemitérios dos veteranos. A lei foi aprovada pelo Congresso em resposta a um grupo religioso que costuma invadir funerais militares, alegando que as mortes de soldados são uma punição de Deus pela tolerância à homossexualidade.
O presidente também sancionou uma lei que dará a soldados em combate a possibilidade de deduzir imposto de renda de suas contribuições em contas de aposentadoria.
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