O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, discutiu com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, meios para "acabar com a violência" no Oriente Médio, de acordo com informações da Casa Branca. "Ambos discutiram seu desejo mútuo" de paz, disse o porta-voz da presidência, Gordon Johndroe. Ele afirmou que o presidente norte-americano conversou por telefone com o líder israelense na manhã desta quarta-feira (31), de seu rancho em Crawford, no Texas.
O telefonema foi feito em meio a novas indicações de que Israel não está interessado em aceitar os pedidos dos EUA, da União Européia (UE) e de países por um cessar-fogo de dois dias. Bush expressou preocupação com os ataques na Faixa de Gaza e em Israel e com as mortes de civis. Johndroe disse que Olmert deu a Bush garantias de que Israel está concentrando seus ataques no território governado pelo grupo islâmico Hamas e que tenta não atingir civis.
Perguntando especificamente sobre qual preocupação do presidente norte-americano expressou em relação à violência dos últimos dias, Johndroe afirmou que "o presidente Bush está desapontado com a continuação dos disparos de mísseis pelo Hamas sobre o povo inocente de Israel".
"Nós queremos ver um cessar-fogo que seja duradouro e, o mais importante, que o Hamas o respeite. Eles tiveram um cessar-fogo até o dia 19 de dezembro, mas depois falharam em não renová-lo e em aumentar substancialmente o nível (dos ataques), que forçou os israelenses a se refugiarem em abrigos antibombas", disse o porta-voz. "O ônus é do Hamas.
Johndroe não respondeu diretamente se Bush discutiu com Olmert a idéia de um cessar-fogo. Questionado sobre a capacidade de Bush influenciar os acontecimentos apenas algumas semanas antes de deixar o governo, Johndroe afirmou que o presidente norte-americano "estabeleceu relações que permitem que ele pegue o telefone, faça a esses líderes uma ligação e tenha uma discussão bastante aberta e franca".
Em Washington, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, prossegue com telefonemas diplomáticos a autoridades do Oriente Médio, para pressioná-los sobre a necessidade de um cessar-fogo "durável e sustentável".