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Narcotráfico

Bush diz que Bolívia não é país que colabora na guerra contra as drogas

Bush incluiu Bolívia na lista negra dos países que não colaboram na guerra contra as drogas | Kevin Lamarque / Reuters
Bush incluiu Bolívia na lista negra dos países que não colaboram na guerra contra as drogas (Foto: Kevin Lamarque / Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, determinou nesta terça-feira (16) que a Bolívia não seja mais considerada um país que colabora na guerra contra as drogas e colocou o país latino-americano em uma lista negra dos narcóticos. Mas até agora ele poupou a Bolívia de cortes na assistência financeira que o país recebe dos EUA.

A Bolívia, um grande produtor de cocaína, foi colocada ao lado da Venezuela e de Mianmar (antiga Birmânia) na lista americana das nações que "fracassaram em maneira demonstrativa", em cumprir os compromissos internacionais em combater a produção e o tráfico de drogas ilícitas.

"Por isso, eu designo a Bolívia, Mianmar e Venezuela como países que fracassaram de maneira demonstrativa durante os últimos doze meses em cumprirem suas obrigações sob os acordos internacionais na luta contra os narcóticos", disse Bush em comunicado liberado pela Casa Branca. Países designados dessa maneira podem sofrer cortes na ajuda financeira que recebem dos EUA, embora Bush tenha escolhido manter suspensas essas penalidades sobre a Bolívia e a Venezuela.

"Eu também determinei que o apoio aos programas para ajudar as instituições democráticas da Venezuela e o contínuo apoio aos programas bilaterais na Bolívia são vitais aos interesses nacionais dos Estados Unidos", ele disse.

A determinação sobre a Bolívia ocorre em um momento no qual as relações entre Washington e La Paz caíram ao seu pior nível nos últimos anos, com a expulsão dos embaixadores de ambos os países Ela também ocorre em meio a uma grave crise social e política na Bolívia.

A administração Bush alega que foi forçada a interromper todas as operações da agência americana antidrogas, a DEA, no interior da Bolívia, por razões de segurança.

Pelos mesmos motivos alegados, o governo dos Estados Unidos passou a oferecer vôos aos seus cidadãos que desejem deixar a Bolívia, nesta terça-feira, após ter feito uma recomendação para que o façam.

"O Departamento de Estado e a embaixada americana em La Paz desejam informar a vocês que um ou dois vôos fretados pelo governo dos EUA estarão disponíveis amanhã (quarta-feira) para transportar os americanos que desejem partir de La Paz para Lima, no Peru", disse o comunicado. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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