Atualizada na sexta-feira, dia 28/07, às 20h47
Numa mudança de tom, diante da ineficiência do mero apoio tácito - e material - dos Estados Unidos e seu principal aliado, a Grã-Bretanha, dado a Israel contra o Hezbollah, o presidente George W. Bush e o primeiro-ministro Tony Blair disseram que é preciso que uma força multinacional de paz seja enviada rapidamente ao Oriente Médio. Eles pediram um cessar-fogo, o que não tinham feito antes, mas qualquer plano para terminar o conflito deve ter como mira as antigas e continuamente renovadas disputas regionais, do contrário o plano fracassará.
Como parte da nova postura, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, voltará à região o quanto antes: no sábado.
Eles disseram, em coletiva de imprensa feita depois do encontro de Blair e Bush na Casa Branca, que a força multinacional deve ajudar os militares libaneses na tomada de controle do sul do Líbano, de onde o Hezbollah atira seus foguetes contra Israel, e onde Israel tenta aniquilar as posições do grupo terrorista.
- Queremos um Líbano livre de milícias e interferência estrangeira, e um Líbano que governe seu próprio destino - disse Bush.
Não se sabe se o próprio Hezbollah vai participar da tentativa de negociação do cessar-fogo. Para Blair, em todo caso, a força multinacional não pode entrar à força na região.
- Isto só vai funcionar se o Hezbollah estiver preparado para permitir que funcione - disse ele, segundo a CNN.
Em todo caso, os dois líderes acham que Síria e Irá, constantemente acusados de fornecer apoio logísitico, militar e financeiro ao Hezbollah, tem de tomar parte no processo. Blair disse que, se se recusarem, enfrentarão uma crescente risco de confrontação.
Bush disse que a mensagem para a Síria é:
- Você sabe: torne-se um participante ativo na vizinhança para a paz.
O líder de Washington aproveitou a oportunidade na Casa Branca e se desculpou pelo envio de bombas a Israel com escala em um aeroporto britânico .
A Organização das Nações Unidas já está trabalhando na arquitetura da operação. Uma reunião foi marcada para a próxima segunda-feira.
Portugal já se disse disposto a integrar a força de paz.
As partes envolvidas - Israel, o Hezbollah, a Síria e o Irã - ainda têm de se pronunciar sobre a reunião.
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