O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez na quarta-feira um apelo para que os líderes do Afeganistão e Paquistão melhorem a cooperação entre os dois países no combate ao terrorismo, num momento em que mediou conversas para tentar amenizar as tensões entre os dois aliados de Washington.

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Bush falou ao lado dos presidentes do Paquistão, Pervez Musharraf, e do Afeganistão, Hamid Karzai, que trocaram farpas nos últimos dias sobre as falhas de segurança na montanhosa fronteira entre os dois países.

Enquanto Musharraf manteve uma expressão séria durante o pronunciamento de Bush na Casa Branca, Karzai deu um leve sorriso enquanto o colega americano falava. Os líderes não apertaram as mãos.

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- O jantar desta noite é uma chance para nós montarmos uma estratégia juntos, para conversarmos sobre a necessidade de cooperação, de garantirmos que as pessoas tenham um futuro de esperança - disse Bush antes de jantar com os dois líderes.

Musharraf e Karzai haviam acusado um ao outro de não fazer o bastante para combater os extremistas em meio ao ressurgimento do Talibã, que provocou a maior onda de violência no Afeganistão desde a queda do regime islâmico linha dura, após invasão de forças dos EUA, há cinco anos.

O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, estaria escondido na região da fronteira entre Afeganistão e Paquistão, mas tanto Musharraf quanto Karzai afirmam que o chefe do grupo terrorista está no país vizinho.

- Enquanto trabalhamos por um mundo com mais esperança, continuaremos assegurando que os extremistas, como Osama bin Laden, que querem frustrar a democracia no Afeganistão, sejam levados à Justiça - disse Bush.

O presidente dos EUA chamou os dois líderes de amigos pessoais e destacou que enfrentam desafios comuns e devem trabalhar juntos.

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- Eles entendem que as forças moderadas estão sendo desafiadas por extremistas e radicais - afirmou Bush.

"Musharraf e Karzai se comprometeram a apoiar a moderação e derrotar o extremismo, dividindo mais informação dos serviços de inteligência, ação coordenada contra os terroristas, e esforços para fortalecer a prosperidade dos povos do Afeganistão e do Paquistão", disse um comunicado de Tony Snow, porta-voz da Casa Branca.