São Paulo O presidente dos EUA, George W. Bush, nomeou ontem o general da Força Aérea Michael Hayden como novo chefe da CIA, a agência de inteligência americana, levantando fortes críticas de republicanos e democratas pela indicação de um militar da ativa para liderar uma agência civil. A indicação também reacendeu o debate sobre o controvertido programa de espionagem doméstica extrajudicial, que Hayden supervisionou como diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), cargo que ocupou entre 1999 e 2005. O nome do general precisa passar ainda pelo crivo do Senado. Caso seja aprovado, Hayden, 61, será o sétimo oficial militar a chefiar a CIA desde 1946, em substituição a Porter Goss, que renunciou ao cargo na última sexta-feira, sob intensa pressão.
"Mike Hayden é extremamente qualificado para essa posição. Ele conhece a comunidade de inteligência de cima a baixo, disse Bush no Salão Oval, com Hayden ao seu lado. "Ele demonstrou a habilidade para adaptar nossos serviços de inteligência aos novos desafios da guerra contra o terrorismo. É o homem adequado para dirigir a CIA nesse momento crítico na história de nossa nação, finalizou Bush. "Isso é simplesmente importante demais para não se fazer a coisa certa, disse Hayden. A indicação provocou reações acaloradas, sinalizando um difícil caminho até uma eventual aprovação. "É a pessoa equivocada, no lugar equivocado e no momento equivocado. Não deveríamos ter um militar à frente de uma agência civil neste momento, disse o deputado republicano Pete Hoekstra, que preside a comissão de inteligência da Câmara dos Representantes (deputados). "Para enviar um sinal de independência do Pentágono, o general Hayden poderia considerar uma aposentadoria das Força Aérea, defendeu a presidente da comissão de assuntos governamentais e de segurança interna do Senado, a republicana Susan Collins.
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