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Críticas

Bush não serve nem para treinar beisebol infantil, diz Chávez

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, desdenhou na quinta-feira das críticas de Washington à radicalização do seu ``discurso socialista'' e qualificou de ''incapaz'' seu homólogo norte-americano, George W. Bush.

Em um novo episódio da guerra verbal entre os dois governos, Bush disse na quarta-feira estar preocupado com a nacionalização de empresas de serviços e ligadas ao setor petroleiro anunciada por Chávez.

``Deviam é se preocupar com seu país. Mas, como repito, estou convencido de que o presidente dos Estados Unidos não tem capacidade alguma para governar nem uma equipe de beisebol infantil, deveria renunciar'', sentenciou Chávez em entrevista coletiva no palácio do governo.

Ele se referiu às preocupações da Casa Branca como ''ridículas'' e ao presidente norte-americano como ``aquele cavalheirinho'', ``the little gentleman'' e ``farsante''.

``Estou preocupado com o povo venezuelano, com a diminuição das instituições democráticas e com os esforços destinados à nacionalização que podem ou não estar ocorrendo'', disse Bush na véspera ao canal Fox News.

Chávez também lançou duros adjetivos ao chefe da inteligência norte-americana, John Negroponte, que na opinião dele deveria ser julgado e condenado à prisão perpétua junto com Bush. Negroponte, indicado para o cargo de subsecretário de Estado, disse na terça-feira que Chávez ``está ameaçando as democracias'' na América Latina.

Em seu novo mandato, iniciado em dezembro, Chávez prometeu radicalizar sua ``revolução socialista'', e a Assembléia Nacional lhe deu poderes especiais para legislar por decreto durante 18 meses.

Entre os planos do governo com a chamada ``Lei Habilitante'' estão os de nacionalizar a CANTV, maior empresa de telecomunicações do país, e a EDC, maior empresa de eletricidade. Ambas as estatizações afetam interesses econômicos dos EUA -respectivamente da telefônica Verizon e da elétrica AES.

Além disso, o presidente pretende aprovar uma reforma constitucional que o permita se reeleger indefinidamente.

Chávez, que acusa os EUA de querer derrubá-lo e até de pretender assassiná-lo, afirmou que Bush também pretende invadir o Irã. ``Isso seria, bem, uma loucura cem vezes maior que a loucura de invadir o Iraque'', disse Chávez, que protesta contra a intervenção de Washington no país árabe e é um aliado próximo do iraniano Mahmoud Ahmadinejad, também inimigo jurado dos EUA.

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